Desde o terceiro ano que reparo que as situações propostas nos manuais de Matemática são pacóvias. Por exemplo: ”O desenho mostra uma vaca amarrada a uma estaca de madeira”. Até aqui tudo bem, mas leiam esta segunda frase: ”Se a corda tem trinta metros de comprimento, conseguirá a vaca chegar ao bebedouro sem saltar a cerca?” Sem ofensa para a vaca, mas duvido muito que esta consiga saltar uma cerca. Isto é, as vacas são grandes e pesadas e de certeza que tem um dono e o dono devia ter medido a corda para que a vaca não morresse ali à sede, não é? Mas a resposta a este problema é: ”Não, a corda não chega ao bebedouro”. É absurdo! Mais valia dizerem: “Calcula o comprimento do segmento de recta x e confirma se chega ao ponto k”. Atenção, este problema é do oitavo ano, daí eu achar isto absurdo. A minha sugestão pode ser mais aborrecida mas, ao menos, não me distraio a pensar na vaquinha a morrer à sede!
Beatriz Monteiro, 9.º G
Beatriz... a tua análise é muito pertinente! De facto, o modo como se apresentam alguns problemas, em alguns manuais, deixa muito a desejar e não é só na Matemática. Às vezes sentimos que nos estão a tratar como seres menores, desprovidos de cérebro, incapazes de entender a linguagem específica, neste caso a Matemática, que, no fundo, nos querem ensinar e nos obrigam (muito bem) a usar. Enfim, ainda bem que te apercebes disso. É muito bom sinal! Concluindo em estílo matemático, eu diria que a pertinência da tua observação começa no ponto X e não termina mais. Parabéns!
ResponderEliminarMuito bem, Beatriz! Tanto querem tornar as coisas "naturais" e genuinas em alguns manuais que acabam por dar nisto!
ResponderEliminarNão te conheço, mas hás-de ser uma aluna inteligente e perspicaz!
Continua.
Beijinho