"Corvo Dinis", Blogue do Agrupamento de Escolas D. Dinis

14 abril 2011

Clube de Astronomia - notícias: Duas descobertas que integram astrónomos portugueses


Telescópio Kepler, lançado em 2009,orbita o Sol entre Terra e Marte.

"Duas equipas de investigadores europeus, onde se inserem cientistas portugueses das universidades do Porto, Lisboa e Évora, estão envolvidas nas descobertas de uma população de estrelas distantes, por volta de 500, e de um pequeno desvio na rotação da atmosfera de Vénus. O estudo foi recentemente publicado na revista «Science».
Através do telescópio espacial Kepler, da NASA, os cientistas do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP), juntamente com os seus colegas europeus, mediram estrelas semelhantes ao Sol numa zona longínqua da Via Láctea e apuraram que há mais estrelas de pequena massa do que se julgava até agora.
Esta descoberta abre um novo campo de estudo no âmbito da astrofísica, podendo mudar a forma como os cientistas estudam as galáxias. Tais oscilações na luz destas estrelas podem indicar a presença de planetas girando em torno delas.
(...)
David Luz, do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa e o inglês David Berry, do Departamento de Física da Universidade de Évora, participaram numa investigação que aponta para a existência de um pequeno desvio da rotação atmosférica no pólo sul de Vénus, em relação ao eixo do planeta.

Os investigadores verificaram que a rotação da atmosfera não está centrada sobre o pólo, ou seja, existe um desvio de três graus, em média, em relação ao eixo do planeta – na direcção de Este para Oeste.

O telescópio, lançado em 2009, está a orbitar o Sol entre a Terra e Marte, conduzindo um censo planetário e à procura de planetas semelhantes ao nosso. Entretanto, já permitiu aos cientistas descobrir que há mais planetas menores que Júpiter – o maior planeta do nosso sistema solar – do que planetas gigantes. Entre outros projectos futuros, a missão tem como objectivo estudar a idade de todas estas estrelas e das que se encontram mais próximas dos planetas que poderiam ter vida."

(in Ciência Hoje, 08-04-2011)

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